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Parafernalha, LADRÃO DE MEIA TIGELA | PARAFERNALHA

LADRÃO DE MEIA TIGELA | PARAFERNALHA

- Ou! Ou, ou, ou, fica na moral. - Perdi, perdi.

Pode levar meu celular, é novinho, nem terminei de pagar o crediário…

Que mané celular, não quero celular, não, irmão. Não é só porque eu tô assaltando…

que eu vou roubar o teu celular, não. Vem cá, tu é preconceito? Tu é preconceito.

- Vou te dar um tiro. - Calma, moço, calma.

- Dollynho. - Eu não tomo esse negócio, não.

Que mané tomar, porra, é meu nome: Dollynho.

Ah, você é o Dollynho. É um belíssimo nome, prazer, eu sou Fabiano.

- Qual é? Tranquilo? - Vou te adiantando o dinheiro então…

Para você levar logo então o dinheiro da minha carteira…

- Quero dinheiro, não, irmão. Eu quero a tua meia. - Oi? ! - As tuas meia! Tá surdo, Playboy? - Eu não tô entendendo, isso aqui é uma pegadinha, né?

É o Silvio Santos? É do Silvio Santos a pegadinha?

Se o Sílvio tiver aqui...

Eu não gosto do Silvio Santos, primeiro. Segundo: eu tô cansado de Playstation…

tô cansado de iPhone, tô cansado de moto. Eu quero as meias que as minhas…

- meia tá tudo rasgada, tá tudo furada. - Tá bom. Não é querendo…

julgar a forma do seu trabalho, criticar nada disso, que o senhor está fazendo…

o seu trabalho perfeitamente, Seu Dollynho, mas assim, meia é uma coisa que…

- a gente pede no Natal, né? - Qual é a tua? Tu quer que eu roube o teu celular?

Tua carteira, teu carro, é isso que tu quer? Eu não tô te entendendo, meu parceiro.

- Eu não estou te entendendo. - É que eu sou life coach.

Foda-se, caguei. Eu não sei espanhol não, tá ligado.

O bagulho é o seguinte, no natal é pica para mim.

Tá ligado? Eu peço meia, meus fechamento fica tudo rindo de mim, de deboche.

Eu peço meia, sabe o que que eu ganho? Brinquedo.

Eu ganho brinquedo, mas meia eu não ganho, não.

- Que barra… - É.

Ainda mais eu que, porra, tenho um medo do caralho de estar no corre da polícia.

Os homem aí, direto… Aí sempre de vez em quando rola esse bagulho aí…

Eu sofrer um acidente, parar no hospital e chegar no hospital com a meia toda furada.

E aí?

Quem vai passar vergonha? É tu? Não é tu, mano.

- Eu compreendo. Compreende? Compreende porra nenhuma.

Compreende porra nenhuma! Tu nunca bateu num velho, nunca roubou sorvete…

de criança e nunca pegou manga do Seu Valmir.

Seu, Dollynho, mas porque que o senhor não compra uma meia nova?

Por que que eu não compro? Tu tá maluco?

Tu tá maluco?

- Não sou maluco. - Eu sou bandidagem, tá ligado?

Eu sou o capiroto no bagulho, porra, artigo 17.

- Tudo bem. - Se os moleque lá dá onde eu moro…

Vê eu comprando meia, ainda mais essas colorida que tu tá usando que é

Topzeira pra caralho, minha carreira acaba, sacou? Eu não sei fazer outra coisa, não.

Eu só sei fazer isso aqui, é assim que eu sustento a minha vida. E aí?

Vem cá, vem cá. Calma.

Vem cá, vem cá. Encosta, encosta…Isso. Respira fundo… Põe pra fora…

Caralho, qual foi, porra?

Tava bom? Tava. Vou admitir. Mas nem tanto.

- Vambora, passa a meia. - Seu Dollynho, desculpa…

Mas eu vou ficar te devendo essa.

- Abre o carro. - Calma, não faz isso.

Vambora, vambora. Abre a porra do carro, porra!

Calma, não grita!

- Bora, bora, bora, bora. - Eu entro?

- Abre o porta-mala. - Vou abrir, vou abrir.

- Esse aqui, cara, esse aqui. - Esse aí é o porta luva, Dollynho.

É, essa porra mesmo, abre isso aí.

- Que que é isso aqui? - É tupperware.

- Potinho? - É tupperware…

“Poé" de cu é rola, porra. Potinho, potinho.

Eu vou congelar meu feijão dia de semana fica com seu lixo aí de carro.

- Vai levar meu tupperware? - Fica com teu lixo.

- Quê? - Não, acalmou, acalmou, acalmou…

Porra, minha marmita…


LADRÃO DE MEIA TIGELA | PARAFERNALHA

- Ou! Ou, ou, ou, fica na moral. - Perdi, perdi.

Pode levar meu celular, é novinho, nem terminei de pagar o crediário…

Que mané celular, não quero celular, não, irmão. Não é só porque eu tô assaltando…

que eu vou roubar o teu celular, não. Vem cá, tu é preconceito? Tu é preconceito.

- Vou te dar um tiro. - Calma, moço, calma.

- Dollynho. - Eu não tomo esse negócio, não.

Que mané tomar, porra, é meu nome: Dollynho.

Ah, você é o Dollynho. É um belíssimo nome, prazer, eu sou Fabiano.

- Qual é? Tranquilo? - Vou te adiantando o dinheiro então…

Para você levar logo então o dinheiro da minha carteira…

- Quero dinheiro, não, irmão. Eu quero a tua meia. - Oi? ! - As tuas meia! Tá surdo, Playboy? - Eu não tô entendendo, isso aqui é uma pegadinha, né?

É o Silvio Santos? É do Silvio Santos a pegadinha?

Se o Sílvio tiver aqui...

Eu não gosto do Silvio Santos, primeiro. Segundo: eu tô cansado de Playstation…

tô cansado de iPhone, tô cansado de moto. Eu quero as meias que as minhas…

- meia tá tudo rasgada, tá tudo furada. -  Tá bom. Não é querendo…

julgar a forma do seu trabalho, criticar nada disso, que o senhor está fazendo…

o seu trabalho perfeitamente, Seu Dollynho, mas assim, meia é uma coisa que…

- a gente pede no Natal, né? - Qual é a tua? Tu quer que eu roube o teu celular?

Tua carteira, teu carro, é isso que tu quer? Eu não tô te entendendo, meu parceiro.

- Eu não estou te entendendo. - É que eu sou life coach.

Foda-se, caguei. Eu não sei espanhol não, tá ligado.

O bagulho é o seguinte, no natal é pica para mim.

Tá ligado? Eu peço meia, meus fechamento fica tudo rindo de mim, de deboche.

Eu peço meia, sabe o que que eu ganho? Brinquedo.

Eu ganho brinquedo, mas meia eu não ganho, não.

- Que barra…  - É.

Ainda mais eu que, porra, tenho um medo do caralho de estar no corre da polícia.

Os homem aí, direto… Aí sempre de vez em quando rola esse bagulho aí…

Eu sofrer um acidente, parar no hospital e chegar no hospital com a meia toda furada.

E aí?

Quem vai passar vergonha? É tu? Não é tu, mano.

- Eu compreendo. Compreende? Compreende porra nenhuma.

Compreende porra nenhuma! Tu nunca bateu num velho, nunca roubou sorvete…

de criança e nunca pegou manga do Seu Valmir.

Seu, Dollynho, mas porque que o senhor não compra uma meia nova?

Por que que eu não compro? Tu tá maluco?

Tu tá maluco?

- Não sou maluco. - Eu sou bandidagem, tá ligado?

Eu sou o capiroto no bagulho, porra, artigo 17.

- Tudo bem. - Se os moleque lá dá onde eu moro…

Vê eu comprando meia, ainda mais essas colorida que tu tá usando que é

Topzeira pra caralho, minha carreira acaba, sacou? Eu não sei fazer outra coisa, não.

Eu só sei fazer isso aqui, é assim que eu sustento a minha vida. E aí?

Vem cá, vem cá. Calma.

Vem cá, vem cá. Encosta, encosta…Isso. Respira fundo… Põe pra fora…

Caralho, qual foi, porra?

Tava bom? Tava. Vou admitir. Mas nem tanto.

- Vambora, passa a meia. - Seu Dollynho, desculpa…

Mas eu vou ficar te devendo essa.

- Abre o carro. - Calma, não faz isso.

Vambora, vambora. Abre a porra do carro, porra!

Calma, não grita!

- Bora, bora, bora, bora. - Eu entro?

- Abre o porta-mala. - Vou abrir, vou abrir.

- Esse aqui, cara, esse aqui. - Esse aí é o porta luva, Dollynho.

É, essa porra mesmo, abre isso aí.

- Que que é isso aqui? - É tupperware.

- Potinho? - É tupperware…

“Poé" de cu é rola, porra. Potinho, potinho.

Eu vou congelar meu feijão dia de semana fica com seu lixo aí de carro.

- Vai levar meu tupperware? - Fica com teu lixo.

- Quê? - Não, acalmou, acalmou, acalmou…

Porra, minha marmita…