Por que SÃO LEOPOLDO RS é a MELHOR CIDADE do Brasil?
Já ouviu falar em São Leopoldo no Rio Grande do Sul?
São Leopoldo é o berço da imigração alemã no Brasil. Uma cidade histórica
com quase 200 anos e mais de 240 mil habitantes. Um lugar que prosperou
com o tempo e que guarda uma cultura típica dos primeiros colonizadores.
É uma das principais cidades do Rio Grande do Sul,
lar de um vasto pólo tecnológico e universitário muito importante para o Brasil, além de ser
um ótimo lugar para passar um final de semana, ou quem sabe uma vida inteira.
Então, se você ficou curioso até aqui, hoje é teu dia de sorte,
porque vou te dar todos os motivos pra acreditar que São Leopoldo é a melhor cidade do Brasil...
Oi pessoas, Elzinga aqui.
Bem, São Leopoldo é uma das poucas cidades da região metropolitana de
Porto Alegre que não é considerada uma cidade dormitório, ou seja,
ela tem autonomia e auto-suficiência a ponto de ter uma economia que depende só de si própria.
São Leopoldo é um lugar que tem um dos primeiros Parques Tecnológicos do Brasil,
sendo o maior de informática do Rio Grande do Sul: o Tecnosinos, que reúne grandes empresas
de alta tecnologia e contribui muito na pesquisa e na inovação tecnológica. Não à toa,
em 2010 e 2014 recebeu o Prêmio Nacional de Empreendedorismo Inovador na categoria
Parque Científico e Tecnológico, sendo reconhecido como o melhor do Brasil.
A cidade também é um destaque na educação superior, sendo que, num raio de 100 quilômetros,
estima-se que existam mais de 200 mil universitários. A EST e a UNISINOS são
as principais de São Leopoldo, e esta última é considerada uma das melhores universidades
privadas do Brasil segundo o MEC. Uma curiosidade: a UNISINOS foi a primeira universidade de toda
América Latina a receber o ISO 14001 por conta do comprometimento com o meio ambiente. A EST, no
caso, é o mais antigo centro de formação teológica da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no
Brasil, além de ter o maior acervo teológico da América Latina com mais de 70 mil volumes.
São Leopoldo também é conhecida como o Berço da Imigração Alemã no Brasil que já vou explicar,
também como O Gigante do Vale e, pros mais íntimos, apenas São Léo. Aliás,
quem nasce lá é leopoldense, mas vale chamar eles também de capilé, que era uma forma pejorativa que
o pessoal de Novo Hamburgo usava pra denominar os leopoldenses. O fato é que, uma vez,
São Leopoldo sediava a fábrica de um refrigerante feito de capilária, um tipo de avenca, uma planta,
e aí Novo Hamburgo não perdoou. Mas o que começou como zoeira acabou pegando e se usa até hoje.
E como antigamente cidades alemãs tinham mania de criar sociedades de cantores,
de atiradores e de ginástica, São Leopoldo, como berço da imigração, também tem disso,
que basicamente era onde antigamente as famílias mais abastadas frequentavam. E o grande exemplo
disso é a tal da Sociedade de Canto Orpheu, fundada em 1858, por um quarteto duplo que
buscava valorizar o canto alemão e promover a vida social entre os imigrantes. Esse lugar,
além disso, já foi ponto de encontro de políticos e empresários, já recebeu Dom Pedro II e, desde
que abriu, nunca fechou as portas. Atualmente é considerado o clube social mais antigo do Brasil.
E você já ouviu falar na famosa Rota Romântica? Se não ouviu, olha essas fotos que você
vai se apaixonar. Pois bem, é em São Leopoldo que ela inicia e se estende até a Serra Gaúcha. Lá na
cidade também tem um bairro chamado Scharlau, que dizem ser uma cidade quase que independente. Tem
outro bairro chamado São José que tem uma Praça com o nome de Elis Regina. E ainda um lugar
chamado Praça Amadeo Rossi, no Morro do Espelho, que é onde várias feirinhas sempre acontecem.
Em São Leopoldo, além disso, também tem uma rua chamada de Rua Independência,
popular Rua Grande, que é praticamente um shopping a céu aberto com mais de
1 quilômetro dos mais variados tipos de comércio, bares, restaurantes,
cervejarias e outras coisas mais. Esse é o point capilé da junção noturna.
E, indo brevemente à história da cidade, entre 1788 e 1824 esse lugar era chamado de
Real Feitoria do Linho Cânhamo que tinha sido ocupado pelos portugueses. Então,
em 25 de julho de 1824 chegaram os primeiros 39 imigrantes alemães que foram enviados por
Dom Pedro I pra povoar a região. Só que naquela época não tinha nada na região,
só um lugar desativado onde foram produzidas cordas pro governo português.
Então instalaram os 39 indivíduos na Casa da Feitoria e só mais tarde deram
os lotes para eles trabalharem. Esse lugar, eventualmente, passou a ser chamado de Colônia
Alemã de São Leopoldo em homenagem ao santo de devoção da Dona Leopoldina,
imperatriz e esposa de Dom Pedro I. Depois disso vieram várias levas de imigrantes,
a região se desmembrou de Porto Alegre e se tornou independente em 1846, ferrovias
e rodovias foram construídas e pavimentadas e o lugar prosperou. Até hoje, no mês de julho,
se comemora a imigração alemã e o aniversário da cidade com a famosa São Leopoldo Fest.
E antes de irmos a alguns lugares bacanas pra você conhecer em São Leopoldo,
vale aqui uma reflexão sobre a cidade. São Leopoldo, apesar da história de quase 200 anos,
de ser a primeira cidade fundada por alemães, de ser um lugar que prosperou,
acabou virando um grande parque industrial. Muitas pessoas nem fazem ideia de que São Leopoldo seja
o berço da colonização alemã porque muito da história se perdeu pra dar espaço à indústria.
São Leopoldo é uma cidade grande que cresceu rapidamente, então você já imagina,
correria pra todo lado o tempo todo. Certo? Certo, além de que carece de alguns cuidados. Então,
que esse vídeo sirva de inspiração pra que a cultura alemã da cidade ainda seja
resgatada de alguma forma, porque isso não pode se perder no tempo.
Chega disso agora. Vamos às coisas legais de São Leopoldo que você provavelmente não conhece,
pra se convencer de vez que essa é a melhor cidade do Brasil.
Começando pelo Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, de 1959,
com um baita acervo histórico com mais de mil peças, além de uma biblioteca
com mais de 8 mil volumes relacionados aos assuntos Rio Grande do Sul e Imigração Alemã.
Também a Casa do Imigrante, um símbolo da imigração que abrigou os primeiros
moradores lá em 1824 e onde se realizou o primeiro culto evangélico do Estado. É
ali que funcionava a tal Feitoria do Linho Cânhamo, numa casa construída
ainda em 1788. Na década de 1940 a Prefeitura adquiriu essa casa, restaurou ela e instalou
alguns traços germânicos pra valorizar ainda mais ela. Esse lugar é um museu com roupas,
objetos e outras coisas que os primeiros imigrantes utilizavam. Infelizmente,
desde 2019 a casa está para ser reconstruída após um desabamento, então cruzemos os dedos pra que
isso aconteça logo, porque talvez esse seja o lugar mais importante de toda imigração alemã.
Outra coisa bacana é o Casario Histórico da cidade com vários prédios, casas, igrejas,
escolas, construídos pelos imigrantes e pelos descendentes. Alguns bons exemplos
são o prédio da Câmara de Vereadores, o antigo Theatro Independência,
a Casa da Família de Paula, o antigo Seminário Cristo Reis,
a Sociedade Orpheu, a Sede da Antiga UNISINOS, a Sede da Antiga EST, a Casa das Diaconisas.
Ainda o complexo com o Colégio São José, Lar Santa Elisabeth e Monte Alverne onde é
possível conhecer capelas, grutas, imagens santas, uma via sacra pintada em azulejos,
museus e várias outras coisas interessantes. Uma curiosidade: o Colégio São José foi o
primeiro estabelecimento fundado pelas Irmãs Franciscana da Penitência e Caridade Cristã da
Terceira Ordem Regular de São Francisco de Assis no Brasil. Baita nome comprido, hein.
Também a Igreja Nossa Senhora da Conceição, a matriz da cidade, que há mais de 170 anos
iniciou como uma capelinha, depois foi demolida, e então em 1865 deu lugar ao
atual prédio. Ainda a Igreja do Relógio, uma igreja luterana que remete sua história lá
pra primeira leva dos imigrantes, quando só 5 dos 39 eram católicos.
Outra curiosidade aqui. Naquela época, a constituição do Império afirmava que
a religião oficial do Rio Grande do Sul era a católica, e por isso as demais religiões não
podiam se manifestar publicamente, nem construir prédios com torres, sinos ou cruzes, ou seja,
nada que lembrasse uma igreja. Por isso, os luteranos, em vez de construir igrejas, construíam
escolas e usavam elas pra fazer seus cultos. O Colégio Rio Branco de 1826 é um exemplo disso.
E aí, tá curtindo o conteúdo? Entra no nosso canal do Telegram que tem mais um
monte de coisas legais por lá. O link tá na descrição junto com o da minha loja,
a Tu Shirts, que inclusive essa camiseta é de lá. Dá uma olhadinha.
Continuando. O Museu do Rio dos Sinos, de 1863, que abrigava o Antigo Cais do Porto
de São Leopoldo e era propriedade da Família Blauth. O Museu do Trem, o principal equipamento
público na temática ferroviária da região sul. Os vários museus da UNISINOS, como o de
História Geológica do Rio Grande do Sul, o de Arqueologia, o Museu Capela e o Memorial Jesuíta.
A Ponte de ferro 25 de Julho da década de 1870 que passa sobre o Rio dos Sinos. A Praça Centenário,
popularmente conhecida como Praça do Imigrante, a mais antiga da cidade que,
durante muito tempo, foi a mais bonita de São Leopoldo. A Praça 20 de Setembro
com o Monumento ao Sesquicentenário da Imigração Alemã, que pra você que não sabe o que significa
essa palavra ela quer dizer 150 anos. Lá também tem um anfiteatro, canchas e também
o Centro de Cultura José Pedro Boéssio e a Biblioteca Pública Municipal Vianna Moog.
O Santuário Sagrado Coração de Jesus do Padre Réus,
a quem foram creditados inúmeros milagres. E o Parque Natural Municipal Imperatriz Leopoldina,
com uma unidade de conservação integral e também mais de 14 hectares de espaço
utilizado para receber visitantes num lugar carinhosamente chamado de Jardim Botânico.
E caso você não esteja familiarizado com São Leopoldo, algumas coisinhas são importantes de
serem ressaltadas sobre a cidade e a forma como as pessoas de lá vivem. Pra começar,
o leopoldense diz que Porto Alegre é que fica na região metropolitana de São Leopoldo. Além de que,
Novo Hamburgo é a pior cidade do mundo segundo eles. A rixa é forte.
Tudo na cidade rola na tal Avenida Independência. Se não tem algo acontecendo lá,
provavelmente a vida na Terra foi dizimada. Outra coisa, todo mundo estuda na UNISINOS,
é o principal point de encontro da galera, mas nunca visite esse lugar sem um GPS,
porque dizem que tem gente perdida lá há décadas, porque o lugar é enorme. Aliás, a
UNISINOS é o Alaska leopoldense. A temperatura lá não condiz com a realidade do restante da cidade.
E, por último, em horários de pico, a BR 116 sempre pára e a maioria das
pessoas não sabe porquê, mas a resposta é simples: tem gente passando em cima
da ponte do Rio dos Sinos bem devagar só pra ver se o bendito tá cheio ou tá baixo.
Bom gente, era isso. Espero que o título do vídeo tenha sido respondido. De qualquer forma, tenho
certeza que alguma coisa nova você aprendeu. Se gostou do vídeo passe ele adiante. Se não gostou,
nem sei porque assistiu até aqui. E se você já conhece São Leopoldo utilize a
#MinhaFotoNoElzinga quando publicar algo nas redes sociais que as melhores fotos serão
repostadas. Um beijo nas suas tetas com todo o respeito do mundo, e até a próxima. Tchau!