Terceira noite de protestos e confrontos em Minsk
A capital da Bielorrússia foi, pela terceira noite consecutiva, palco de confrontos entre manifestantes e as forças de segurança.
Brigadas anti-motim foram mobilizadas para dispersar centenas de pessoas que sairam à rua para contestar a reeleição para um sexto mandato do presidente Alexander Lukashenko, que consideram fraudulenta, verificando-se violentas detenções, como as registadas nestas imagens.
Durante o dia, a opositora de Lukashenko, Svetlana Tikhanovskaia, difundiu um vídeo no qual apresentava desculpas ao apoiantes por ter fugido do país.
A figura da oposição bielorrusa encontra-se refugiada na Lituânia. A sua diretora de campanha apelou a uma continuação pacífica do movimento de contestação.
"Estes protestos foram motivados pela recusa das autoridades em dar ouvidos aos cidadãos. Elas são responsáveis pela situação atual. Penso que não deve haver provocação por parte de nenhum dos envolvidos, nem da população pacífica, nem das autoridades. Todas as atividades de protesto devem ser pacíficas", (Maria Kolesnikova, diretora de campanha de Svetlana Tikhanovskaia).
A União Europeia disse que o escrutínio de domingo não foi "nem livre, nem justo", numa declaração aprovada pelos 27 Estados-membros, e ameaçou com sanções contra os responsáveis das violências constatadas na Bielorrússia, nomeadamente contra membros da imprensa.
Por todo o país, milhares de pessoas foram detidas por participarem em manifestações não autorizadas.
Às portas de prisões, membros das famílias tentam em vão saber o que aconteceu e onde se encontram os que foram detidos.
Habituado a conduzir o país com mão-de-ferro, Lukashenko já avisou que não haverá uma revolução na Bielorrússia.