×

LingQ'yu daha iyi hale getirmek için çerezleri kullanıyoruz. Siteyi ziyaret ederek, bunu kabul edersiniz: çerez politikası.

image

World News 2020 (European Portuguese audio), Protesto antigoverno na Bulgária não desarma há dois meses

Protesto antigoverno na Bulgária não desarma há dois meses

[Protesto antigoverno na Bulgária não desarma há dois meses].

Há quase dois meses que manifestantes saem às ruas na Bulgária para pedir a demissão do governo de centro-direita, acusando o primeiro-ministro Boyko Borissov de servir interesses privados e de nada fazer para tirar o país do primeiro lugar na lista de membros da União Europeia mais corruptos.

Alguns desses manifestante falaram com a euronews a partir de um café na capital, Sófia.

"... Existem muitas pessoas que têm uma boa situação profissional e qualidade de vida, mas que querem viver num país normal, sem corrupção", (Verzhinia, 36 anos, engenheira de software).

A Bulgária é, também, o país mais pobre da União e, apesar da injeção de fundos desde a adesão, em 2007, a corrupção é um dos fatores que mina os esforços de modernização.

Eleito em 2009, o atual primeiro-ministro recusa demitir-se até acabar o mandato, no início de 2021.

"... As pessoas querem apenas ver algum tipo de mudança, não sabem bem o que deveria acontecer depois da queda do governo atual, mas a única coisa que nos une a todos é que o governo atual deve sair", (Yavor, 31 anos, advogado).

A crise politica na Bulgária e os riscos para o Estado de direito foram debatidos, na semana passada, numa reunião à porta fechada no Parlamento Europeu.

O debate foi presidido pela eurodeputada liberal neerlandesa Sophie Int' Veld, que pede maior intervenção do executivo europeu.

"Se queremos apoiar os cidadãos na Bielorrússia que clamam pelo direito a viver em democracia, com respeito pelo Estado de direito e pelos direitos fundamentais, devemos ser irrepreensíveis em termos dos membros da União.

Penso que a Comissão Europeia, e a sua presidente em particular, devem mostrar que apoiam tentativas de democratização fora da União Europeia, mas que também defendem o Estado de direito, os direitos fundamentais e a democracia no interior da União Europeia", (afirmou Sophie Int' Veld, em entrevista à euronews).

Mas o primeiro-ministro búlgaro tem mantido uma boa relação com os governantes e eurodeputados do Partido Popular Europeu, família política com maior peso nas instituições europeias, e à qual pertence o partido que dirige.

"É sempre uma questão delicada falar das situações internas dos Estados-membros, como vimos no caso da Hungria e da Polónia, onde a resposta coletiva da União Europeia não foi tão rápida como poderia ter sido, porque esses países fazem parte do clube, o que complica as coisas", (explicou a analista Amanda Paul, do Centro de Política Europeia).

Com maior ou menor pressão externa, a sociedade civil que se manifesta na Bulgária acredita que pode criar condições para uma nova etapa na história do país.

"... Mesmo que não consigamos a demissão do governo, a maior consequência é ver o nascimento de uma sociedade civil, de uma nova forma de pensar e isso é muito importante", (Yavor, 31 anos, advogado)

O facto de em breve começar a ser desembolsada a fatia do novo orçamento da União Europeia para os próximos sete anos também pesa no impasse em curso.

Learn languages from TV shows, movies, news, articles and more! Try LingQ for FREE

Protesto antigoverno na Bulgária não desarma há dois meses Anti-government protest in Bulgaria hasn't let up for two months

[Protesto antigoverno na Bulgária não desarma há dois meses]. [Anti-government protest in Bulgaria has not disarmed for two months].

Há quase dois meses que manifestantes saem às ruas na Bulgária para pedir a demissão do governo de centro-direita, acusando o primeiro-ministro Boyko Borissov de servir interesses privados e de nada fazer para tirar o país do primeiro lugar na lista de membros da União Europeia mais corruptos.

Alguns desses manifestante falaram com a euronews a partir de um café na capital, Sófia.

"... Existem muitas pessoas que têm uma boa situação profissional e qualidade de vida, mas que querem viver num país normal, sem corrupção", (Verzhinia, 36 anos, engenheira de software).

A Bulgária é, também, o país mais pobre da União e, apesar da injeção de fundos desde a adesão, em 2007, a corrupção é um dos fatores que mina os esforços de modernização.

Eleito em 2009, o atual primeiro-ministro recusa demitir-se até acabar o mandato, no início de 2021.

"... As pessoas querem apenas ver algum tipo de mudança, não sabem bem o que deveria acontecer depois da queda do governo atual, mas a única coisa que nos une a todos é que o governo atual deve sair", (Yavor, 31 anos, advogado).

A crise politica na Bulgária e os riscos para o Estado de direito foram debatidos, na semana passada, numa reunião à porta fechada no Parlamento Europeu.

O debate foi presidido pela eurodeputada liberal neerlandesa Sophie Int' Veld, que pede maior intervenção do executivo europeu.

"Se queremos apoiar os cidadãos na Bielorrússia que clamam pelo direito a viver em democracia, com respeito pelo Estado de direito e pelos direitos fundamentais, devemos ser irrepreensíveis em termos dos membros da União.

Penso que a Comissão Europeia, e a sua presidente em particular, devem mostrar que apoiam tentativas de democratização fora da União Europeia, mas que também defendem o Estado de direito, os direitos fundamentais e a democracia no interior da União Europeia", (afirmou Sophie Int' Veld, em entrevista à euronews).

Mas o primeiro-ministro búlgaro tem mantido uma boa relação com os governantes e eurodeputados do Partido Popular Europeu, família política com maior peso nas instituições europeias, e à qual pertence o partido que dirige.

"É sempre uma questão delicada falar das situações internas dos Estados-membros, como vimos no caso da Hungria e da Polónia, onde a resposta coletiva da União Europeia não foi tão rápida como poderia ter sido, porque esses países fazem parte do clube, o que complica as coisas", (explicou a analista Amanda Paul, do Centro de Política Europeia).

Com maior ou menor pressão externa, a sociedade civil que se manifesta na Bulgária acredita que pode criar condições para uma nova etapa na história do país.

"... Mesmo que não consigamos a demissão do governo, a maior consequência é ver o nascimento de uma sociedade civil, de uma nova forma de pensar e isso é muito importante", (Yavor, 31 anos, advogado)

O facto de em breve começar a ser desembolsada a fatia do novo orçamento da União Europeia para os próximos sete anos também pesa no impasse em curso.