Dezoito: Flávio & Patrícia - a Festa!
F – Nossa, a festa ontem foi super legal, né?
Aquela casa é muito bonita! Três andares e ainda com aquela vista linda, cheio de natureza em volta. É de deixar qualquer um impressionado! P – Eu também adorei a decoração!
Cada andar tem um estilo diferente, mas tudo combinando bem, muito bem planejada a casa. F – É que ali antes era um escritório de arquitetura e design.
Por isso que ela é assim muito bem organizada. P – Ah, logo vi!
Realmente a casa é muito bem feita e toda bem decorada. F – Pois é, é por isso.
O pessoal caprichou em cada detalhe, todo mundo que conhece a casa comenta. Agora o escritório de design foi para um prédio comercial no Leblon e eles adaptaram algumas coisas pra ficar com uso residencial. P – Acho que o que eu mais gostei foi da cozinha junto com a sala, que a gente chama de cozinha americana.
Você ganha muito mais espaço. F – E é muito mais prático também.
Acho que pro dia a dia fica tudo muito mais fácil, tendo a sala e a cozinha integradas num só espaço. P – É, e você vê que quando a cozinha americana é bem feita, fica super bonito também.
Eu adorei! E até pra dar festa fica muito mais confortável, com mais espaço. F – Você viu ontem quanta gente coube na sala, né?
Teve uma hora que parecia pista de dança de boate, de tão cheio que tava. E ainda coube um DJ no canto! P – Aliás, o DJ era muito bom!
Só tocou música animada, conseguiu manter a pista cheia praticamente a festa toda. F – É, eu só achei que começou a encher muito tarde.
Eram quase meia-noite e a festa ainda tava vazia! P – Nossa, foi mesmo.
Parecia até que a festa não ia ser boa, com pouca gente... de repente, quando eu vi a casa tava cheia, o som já mais alto... mas realmente, isso já era pra lá de meia-noite. F - Eu não sei o que acontece mas as festas em geral estão começando cada vez mais tarde hoje em dia.
P – Mas até que a gente dançou bastante.
Nós fomos embora da festa já eram quase quatro horas da manhã. F – Caramba, e a festa ainda tava lotada, cheio de gente, né?.
A festa deve ter ido até de manhã. Ainda bem que a casa não tem muitos vizinhos por perto, né? P – É, pra dar festa é bom, mas não sei se conseguiria morar numa casa assim meio longe de tudo.
Pra fazer qualquer coisa precisa de carro. Já pensou ter que descer e subir aquela ladeira a pé todo dia! E de noite, imagina o medo que deve dar! F – É, tem esse lado que realmente não é bom.
Só que a vista da casa compensa, pelo menos eu acho. Mas tem que ter carro mesmo, senão fica impossível. P – E um carro por pessoa, né?
Senão não adianta. Porque o problema não é nem a distância das coisas, porque a localização é ótima. O problema é aquela ladeira! F – É verdade.
Aliás, ainda bem que ontem eu parei o carro logo no início da rua. Se eu tivesse estacionado perto da casa a gente não ia conseguir ir embora porque o carro ia ficar preso. P – É!
Eu vi! Tinham dois casais tentando achar o dono dos carros que estavam bloqueando a saída. Isso é muito chato – você querer ir embora e não poder porque o carro ficou preso. F – Ainda mais às quatro da manhã!
Mas o Gabriel tinha me dado essa dica. Toda festa lá acaba tendo esse problema. P – Foi ótimo ele ter avisado isso.
Aquela rua ali não ta preparada para receber tantos carros assim. Você mal consegue manobrar na rua quando não tem carro. Nos dias de festa então... F – É, eles tem que pensar em organizar aquilo de alguma maneira.
Qualquer dia pode realmente dar alguma confusão mais séria. P - A namorada do Gabriel mora sozinha naquela casa?
F – Não, mora ela e mais três amigas.
Aquelas duas que você conheceu na festa assim que chegou, lembra? P – Ah, me lembro!
F – A outra não tava na festa porque viajou pra casa dos pais, em Friburgo.
P – Ah bom.
Eu achei que ela morava lá sozinha. Eu ia morrer de medo. F – Acho que qualquer um não ia gostar de morar ali sozinho.
A casa é muito grande! E o Gabriel agora está praticamente morando lá. Os finais de semana pelo menos ele passa todo lá. Ah, inclusive ele chamou a gente pra um churrasco lá hoje de tarde, pra complementar a festa de ontem. P – Esse pessoal é festeiro, hein!
Mas hoje? É pra curar a ressaca da festa? F – É que sobraram algumas bebidas, uns salgadinhos... aí ele resolveu chamar os amigos mais próximos para ajudar a limpar a casa, entendeu?
P – Será que vai ter mais daqueles drinks que ele estava fazendo ontem?
Estava uma delícia! Eu tomei o de abacaxi e um outro que tinha uva. Muito bom! F – Acho que deve ter sim.
Ele faz umas bebidas muito boas mesmo. Também, trabalha com isso há uns cinco anos. Ele leva jeito pra barman! P – Você viu a fila que ficou no bar uma hora?
Todo mundo querendo drink ao invés de cerveja. Ele deve ter ficado exausto de tanto preparar as bebidas. F – É mesmo!
Eu nem liguei pra ele ainda. Ele deve estar dormindo. Daqui a pouco eu vou ligar pra saber como é que terminou a festa. P – Ah, pergunta pra ele também quem é que fez aquele bolo.
F – Nossa, tava uma delícia mesmo!
Acho que é tudo do Buffet que eles contrataram. Me lembra de perguntar porque eu também gostei muito. E não era tão doce. Porque tem alguns que são tão doces que chegam a ser enjoativos. O de ontem não. Era bom mesmo. P – O vinho também era ótimo.
E olha que eu prefiro vinho tinto, né? Mas o branco de ontem eu gostei. Mas tomei só uma taça porque depois eu resolvi experimentar os drinks que estava todo mundo comentando. F – Eu acho que tirando as bebidas que eram preparadas pelo próprio Gabriel, o resto era tudo do Buffet.
P – E de quem era esse Buffet?
F – Era uma empresa que eles sempre contratam para as festas que eles dão na casa.
Porque eles alugam a casa pra festa. As pessoas que moram lá alugam pra ganhar um dinheirinho extra, entendeu? P – Ahh, eu não sabia.
Ih, quem vai gostar de saber disso é a Marília. Ela ta procurando uma casa pra fazer a festa de noivado dela. Vou dar a dica. F – E eles cobram um preço justo.
Vale a pena mesmo dar essa dica para ela. P – Você tem alguma idéia de quanto eles cobram por pessoa?
F – Não sei não, mas com certeza deve ter algumas opções de preço, dependendo do que for servido, se tem jantar ou se só servem alguns salgadinhos.
P – É, claro...
F – Mas hoje de tarde eu pego com ele o contato do Buffet.
P – Tá legal.
Acabou que ontem nós encontramos várias pessoas conhecidas, né? O Rio de Janeiro às vezes parece tão pequeno! F - É, vocês então frequentavam o mesmo clube quando mais novas.
P - Isso, o Clube Naval.
Eu não lembro muito bem de conhecer ela na época, nem ela lembra de mim. Mas só ontem na festa tinham duas pessoas do clube que eu conhecia. F - Então pelo visto vocês andavam com o mesmo grupo de amigos mas não era muito proximos.
P - Deve ter sido.
Eu lembro da Bruna, essa que tava na festa ontem, porque a gente morava no mesmo bairro, então algumas vezes uma pegava carona com a mãe da outra. Mas era muita gente, difícil lembrar de todo mundo. F – Como é que pode, né?
Tinham vários amigos em comum na festa mesmo. Mas quem pra variar não apareceu na festa foi o Marquinhos. P – É mesmo!
Você chegou a falar com ele? F – Falei!
Liguei pra ele quando nós estávamos saindo de casa pra ver se ele queria carona. Ele disse que já estava num bar perto da festa e que ia direto. Até a hora que a gente saiu ele não tinha aparecido. Pelo menos eu não vi. P – É, se bem que teve uma hora que ficou tão cheia a festa que ele pode ter até passado por lá e a gente não viu.
F – Pode ser, mas como ele sempre acaba não indo nas festas, acho mais provável que ele não tenha aparecido mesmo.
P – Se ele não foi perdeu um festão!
Acho que tão cedo não tem uma outra festa desse nível, com um astral tão agradável. F – Tava realmente um clima muito bom.
E aquela hora que um grupinho se juntou no jardim da casa pra tocar violão e cantar? Foi bem bacana também. P – E foi ótimo porque ajudou a dividir um pouco as pessoas pela casa.
Até aquela hora estava todo mundo na pista de dança, não cabia mais ninguém! F – Foi mesmo.
E olha que até nessa hora a pista continuou cheia, mas ficou mais espaçado sim. Aí quando a música ao vivo parou a pista enchei toda de novo. P – Foi!
E o cara do violão era bom também, tocava só música bem conhecida, pra todo mundo se animar e cantar junto. F - E ainda apareceu um bongô e uma gaita, aí quase que formaram um banda.
P - Mas acho que eles já tocavam juntos há algum tempo, porque as músicas estavam bem ensaiadas e eram muito bem tocadas.
F – Aquele cara é amigo do Gabriel.
Esqueci o nome dele agora. Mas eu sei que ele toca em alguns bares aqui do Rio. O cara é profissional. P – Na próxima festa que a gente for fazer vamos chamar o Gabriel pra organizar!
F – Concordo!
Está combinado então. Que festão!