Tipos de frevo parte 1 de 3
Há uns anos atrás, no festival de jazz de Copenhague, eu fui apresentada ao grupo Spok Frevo.
Eles vieram fazer uma apresentação aqui na Dinamarca e eu achei o frevo deles de ótima qualidade. Muito animado.
Um dia, procurando por eles no youtube, eu encontrei um vídeo, onde eles explicam os diferentes tipos de frevo.
Diferentes modalidades de frevo? Eu pensava que frevo era uma coisa só. Fiquei então intrigada e assisti o vídeo até o fim.
Quando ele começou explicando que há 3 modalidades de frevo, e que a terceira modalidade de subdivide em 3 submodalidades, eu tive medo que o vídeo seria um porre, uma chatice, mas me enganei completamente.
O vídeo, além de instrutivo, foi muito divertido e deixou um gostinho de quero mais. E esse será o vídeo que veremos hoje e nas próximas 2 lições. Dividiremos o texto, pois ele é longo.
Eu gostaria agora de falar sobre algumas curiosidades do nosso frevo. É que na terceira década do século passado, um dos maiores estudiosos, grande pianista, compositor, teatrólogo também, chamado Valdemar de Oliveira, deixou registrado as três modalidade do frevo. São elas: frevo de rua, frevo canção e frevo de bloco.
O frevo de rua é aquele que é executado unicamente pela orquestra. É um frevo instrumental.
O frevo canção é executado por essa mesma orquestra que executa o frevo de rua – inclusive os arranjos têm a mesma pegada, a mesma pressão – porém tem um cantor ou uma cantora à frente.
O frevo de bloco é aquele que é executado por uma orquestra de pau e corda – no caso, violões, cavaquinhos, bandolins, flautas, e é cantado por um coro feminino.
Sendo que dessas três modalidades, frevo de rua, canção e bloco, o frevo de rua tem dentro dele três modalidades. São elas: o frevo coqueiro, o frevo ventania e o frevo abafo.
(segue na próxima lição)