HAPPY HOUR | EMBRULHA PRA VIAGEM
Bom pessoal, sejam bem vindos à mais uma aula.
E hoje vamos falar um pouco sobre o termo happy hour
até o início do século XXI.
Ou seja, o período pré pandemico.
Aquele período em que a sociedade ainda se expunha bastante fora de casa.
Não apenas pra ir ao supermercado, farmácia e outros serviços essenciais,
mas também para divertir-se, embebedar-se
e porquê não se envergonhar perante aos colegas de trabalho.
Durante muito tempo,
a expressão em inglês popularmente conhecida com happy hour
teve sua livre tradução para o português como "hora feliz"
Uma alusão àquela esticadinha no horário de trabalho
onde colegas, chefes, diretores, estagiários, supervisores,
reuníam-se em um bar próximo e tentavam de todas as maneiras
disfarçar todo e qualquer atrito acumulado durante a jornada de trabalho.
enquanto ingeriam bebida alcoólica.
Enfim, acho que já posso me adiantar aqui
que o happy hour era sim uma tragédia anunciada.
Após alguns estudos,
cientistas descobriram que de happy essa hour não tinha nada.
Descobriu-se então a origem do termo happy hour
Era durante o satânico ritual do happy hour
que muitas das relações entre chefe e funcionário mudavam.
Descobria-se que o time do Marco do RH
era uma grata surpresa enquanto cantava Gian & Giovani no karaokê.
Que os caninos da Denise do marketing
eram ótimos abridores de garrafa.
E que a cristã e conservadora Sheila
rebolava até o chão ao som de Pabllo Vittar.
Porém, o momento mais aguardado de um happy hour
era a famosa voltinha do relax.
Que consistia em um grupo de funcionários
já completamente alcoolizados
que sutilmente se ausentavam do estabelecimento por alguns minutos
e retornavam ao ambiente
trazendo um aroma de república universitária
com as pupilas dilatadas, boca seca,
e o riso muitas vezes incontrolável.
Em alguns casos, muitos desses colegas de trabalho
costumavam peregrinar de bar em bar a noite adentro com um único intuito:
alcoolizarem-se, elogiando seus colegas
e batendo na mesa, gritando
que aquela era a melhor equipe que eles já tinham trabalhado.
Segundo cientistas,
há registros de muito desses happy hours
chegarem a durar de quatro à sete horas
e em alguns casos terminarem apenas no dia seguinte.
Ou seja, colegas de trabalho já completamente entorpecidos
acabavam rompendo um protocolo profissional
e envolvendo-se em uma relação um pouco mais intimista.
Abraçando-se, esfregando-se, beijando-se e lambendo-se
sem a menor assepsia.
Com tudo isso, é importante frisarmos que...
Opa, espera só um minutinho.
Surgiu uma dúvida aqui da Andressa.
Ótima pergunta, Andressa. Ótima.
É sempre bom lembrarmos que os bares, após um tempo,
retomaram as suas atividades.
Porém, uma vez que as empresas adotaram um sistema home office,
que nós já vimos aí na apostila dois,
a rotina profissional dos escritórios nunca mais foi a mesma.
Metrópoles e bairros com grandes centros comerciais
tornaram-se verdadeiras cidades fantasmas.
Enormes calçadas e ciclovias desertas
em pleno horário de almoço
fizeram com que bicicletas e patinetes de alugueis
caíssem e pleno esquecimento.
E tribos de jovens e promissores profissionais,
como os Faria Limers,
foram praticamente extintos.
Bom, pessoal, na próxima aula nós vamos falar um pouco
sobre a extinção de cintos, calças e sapatos de salto alto
que acabaram tornando-se completamente obsoletos
no sistema de trabalho home office.
Por hoje é só. Lavem bem as mãos.