CASADO NA PANDEMIA | EMBRULHA PRA VIAGEM
Oi, turma,
Eu fiz essa coisinha assim pra vocês saberem que é vídeo novo,
porque eu sempre falo "Oi, turma", né?
Aí a pessoa pode achar que já viu o vídeo,
e eu não sei se isso ajuda.
Enfim, hoje a nossa reflexão vai ser sobre vida de casado na pandemia.
Difícil, né?
Bom, a vida de casado já era complicada antes da pandemia,
você imagina agora.
A pandemia praticamente apatical nas relações amorosas.
Porque antes, pense.
Você brigava com ser amado, e aí você fazia o quê?
Saia, ia trabalhar, ia pegar filho na escola,
comer um lanche na padoca, e isso já dava uma renovada.
Você voltava inteiro pra casa pra uma nova DR.
Hoje, se você briga, o máximo que você pode fazer
é ir até a cozinha, tomar um copo d'água,
talvez ir na área de serviço estender uma roupa,
e se você tiver a sorte de ter uma sacadinha no apartamento,
vai até ali tomar um ar fresco.
Mas logo depois, vai encontrar o seu desafeto na sala de estar, né?
E vai passar 24 horas por dia com ela, ou ele,
ou ile, que fala agora, né?
Enfim, eu quando brigo com Eleonora hoje em dia,
já procuro pedir desculpas na mesma hora,
mesmo que eu que tenha a razão.
Porque, pensa. Ela é a única pessoa que eu tenho
pra conversar, discutir a novela, pedir um favor.
Nós estamos trancados, né? Então melhor ficar de boa.
Claro que nas relações amorosas,
sempre tem aquela pessoa que quando briga,
fica três dias de bico com você.
Isso é complexo, porque na pandemia,
os três dias se transformam em 15 dias de bico.
Aproveito inclusive essa questão dos dias pra fazer uma reflexão
sobre o tempo, a pandemia, e a relação quântica de tudo isso.
Existe uma coisa curiosa. Lá fora a vida ficou muito mais lenta.
Os trabalhos, as relações com os amigos,
tudo tá mais devagar.
Mas na vida de casado dentro de casa,
tudo quanticamente se acelerou.
Exemplo. Se você é casado há quatro anos,
você tá hoje com a sensação de que tá casado há dez anos.
O desgaste, as brigas,
a pessoa que tem um desleixo total na vestimenta,
e fica de cueca furada por dias,
aquele bafo que a pessoa já nem escova dente
porque usa máscara na rua, a falta de libido,
que como todos sabem, dificulta a transa, né?
E tudo isso.
Se você efetuou o seu matrimônio durante a pandemia,
você praticamente hoje casou com três anos de casamento, entende?
Pela velocidade quântica do processo.
E tudo isso com um agravante hoje que é a questão da separação.
Se antes aquele maridão que achava
que vivia casamento que era uma porcaria,
mas pensava, "Ah, mas tem os filhos,
já tem essa casa comprada e toda mobiliada, melhor deixar pra lá."
Você imagina isso durante a pandemia.
Quem que vai se meter a sair de casa e vai para onde?
Vai procurar um corretor de imóveis e correr o risco de pegar COVID?
Vai entrar no apartamento vazio,
vai comprar móveis aonde com o lockdown?
Vai trazer uma poltrona toda contaminada nova pra casa?
Problema.
Então, fica aqui a minha dica final.
Deixa tudo como está. Vida que segue.
Segue ruim, mas segue.