AULA PRESENCIAL | EMBRULHA PRA VIAGEM
Oi, turma.
Vamos com tudo, né? Que a vida é uma só.
Que pena, porque eu tô aproveitando muito pouco a minha, mas vamos lá.
Hoje a nossa reflexão é sobre volta às aulas.
Eu sei que muita gente deve estar pensando:
"Poxa, mas nós já conversamos sobre isso outro dia."
Só que não foi outro dia, né? Foi o ano passado.
Muita coisa já mudou.
Naquela época as crianças estavam neuróticas em casa,
os pais estavam arrancando os cabelos.
Muitos, muitos casos de coronavírus espalhados pelo mundo.
Agora não, né? Agora tá... Tá muito pior.
Que é tudo aquilo
só que com muito mais meses de neurose.
Então é caos geral.
Mas parece que vai voltar mesmo a aula.
♫ A aula vai voltar, vai voltar, vai voltar.
Eu fiz uma brincadeira com aquele funk que fala vai sentar.
É bobagem, melhor não.
Mas o que interessa mesmo é que com a volta às aulas,
a gente volta ficar entre a cruz e a caldeirinha.
Um lado nosso muito feliz
que nossos filhos vão voltar a socializar com outras crianças, né?
Exercitar ao lado emocional, o físico.
Mesmo que tudo isso seja só uma desculpa
pra gente poder ficar de folga deles durante um tempo
com paz, sossego e tranquilidade em nossas casas.
Por outro lado,
a tensão de deixar as crianças ali no portão da escola, né?
Você já vê logo aquela criança de três anos puxando a máscara,
limpando ranho que mistura com a máscara.
Dá um abraço no seu filho com saudade dele.
E isso é tenso porque a escola tá seguindo todos os protocolos.
Mas será que uma criança de três anos vai seguir protocolo?
Ela não sabe nem falar protocolo. Ela fala procrocolo.
Então pode dar bem errado, né?
Mas eu queria focar nossa reflexão de hoje
sobre a compra de material escolar,
uniforme, estojo, que é uma tristeza, né?
Não que nunca tenha deixado de ser uma tristeza
a hora de comprar essas coisas, que são caríssimas.
Mas pelo menos em outras épocas
a gente tinha certeza que ia ser usado o ano todo.
E esse? Só Jesus que sabe. E pensar que em outras épocas
eu ficava bravo com meu filho mais velho
que logo na segunda semana de aula,
ele voltava com a calça toda furada
ali na região do joelho de tanto brincar.
Aí tinha que costurar ou colocar corinho.
Nunca imaginei que eu ia estar com uma saudade imensa
daqueles furos na calça.
Semana passada eu fui com Eleonora comprar uniformes,
e eu tava com a sensação que eu era um homem da Antártica
que foi comprar uma bermuda.
Quer dizer, um negócio moderno, bonito, mas será que eu vou usar?
A desgraça que as crianças crescem mais rápido
que o número de contaminados pelo Corona.
Então as roupas do meu filho mais velho
do ano passado já tão todas pequenas.
E como a gente tem um azar desgraçado,
tá pequena nele mas tá grande pra emprestar para o mais novo.
Quer dizer, deu tudo errado.
A escola devia flexibilizar um pouquinho isso, né?
Deixar as crianças todas irem com roupas apertadas
que eram do ano passado pra escola.
Usar, virava moda.
Podia usar até com uma coisa temática.
Ir com aquela calça na canela
e já estudava o Jeca Tatu, Monteiro Lobato.
Virava o material de estudo e economizava pros pais.
Fica a dica.