×

Nós usamos os cookies para ajudar a melhorar o LingQ. Ao visitar o site, você concorda com a nossa política de cookies.


image

Parafernalha, QUENTINHA FRIA: EP.3 - A TROCA | PARAFERNALHA

Que porra é essa aqui?

É a quentinha do senhor aí, pô. Estrogonofe de carne.

Eu vou te dar 15 minutos pra você trocar essa porra dessa quentinha aqui.

Tá bom. Pode me dar então duas horas e 37 minutos?

Por quê?

Porque eu seu pra quem eu entreguei o estrogonofe de frango.

- Tira esse otário daqui. - Vambora, vambora!

Saudade do gordinho, isso sim.

Tá maluco?

Tá maluco, não, pô vim aqui dar boa tarde. Boa tarde.

- Quem tá aí? - É o idiota.

Idiota, não, é o entregador de quentinha que veio mais cedo aqui.

Tá, fala logo o que você quer.

- Vocês comeram a quentinha? - Claro que não, né, você mandou um açaí esquisito.

A senhora sabe que dá cadeia abrir a quentinha dos outros, né?

- Isso é para correspondência, imbecil. - Imbecil não. Tu me respeita que eu sou um ser vivo.

- Eu errei e vim aqui trocar o erro. - Ah, mas vem cá, que é que pede açaí em pó delivery?

- É droga. - Ahn?

É a droga do garrancho lá do Agnaldo, que escreve tudo errado, aí eu erro sempre...

- ele não sabe escrever em letra de forma. - Tá e por que você não atendeu a gente?

A gente tava te ligando pra trocar.

- Tá rindo de quê? - É que meu celular é só para joguinho.

- Da cobrinha. - Você tá de sacanagem, né?

Sacanagem não. Olha pra minha cara. Eu sou profissional.

Ah, olha o cara da quentinha aí.

Cara da quentinha não, tu fala direito comigo que eu sou o idiota.

Ah, vocês ficam confundindo minha cabeça aí, vocês são maluco, lelé da cuca...

- eu fico todo confuso também. - Olha só...

Tá. Tô olhando aqui, ó. Tô olhando, que eu tenho dois olhos...

O que é isso? Tu tem a cara de pau de entregar a quentinha errada...

e volta aqui como se não tivesse feito nada?

Eu voltei porque tinha um negócio errado, se eu não tivesse voltado,

é porque não tinha nada de errado, se eu votei porque tinha um negócio de errado...

se não ia ficar o negócio errado pra sempre...

- Ei, ei, ou! - Eu não teria voltado...

- Ei. - Ei.

É o que? É mímica, é imagem e ação? Parecem malucos.

- Parou, parou. - Tô parado.

Qual é o teu nome?

- Quê? - Quê?

- Ahn? - Hein?

Michael Jordan.

Olha só, você pega essa quentinha aqui e você enfia no...

Fala onde é pra enfiar.

- Teu rego, tá? - Rego.

Cruz credo, que casal lelé da cuca. Prefiro ser entregador de quentinha do que um casal.

- Vem vermelhinho maluco. - Já vou, já, eu hein! Tô indo.

Olha ele de novo, aí chefe.

Duas horas e 47 minutos, né? Que que a gente combinou, Proveta?

- Não lembro, não. - Duas horas e 37 minutos!

É, mas o senhor também releva 15 minutinhos aí...

que é padrão de qualquer entregador de quentinha demorar 15 minutos.

Quantas vezes já te mandaram calar a boca hoje?

Duas vezes...

Cala a boca! E a quentinha, deixa eu ver. Trouxe a certa agora?

- Claro, né. Eu sou profissional. - Posso até sentir o cheirinho dela já.

- Cheiro de cachorro molhado. - Olha como é que tu fala da minha invenção, rapaz.

Eu não tô falando da tua invenção, não, cara. Tô falando do Proveta aqui.

Contemplem, senhores. A nova geração do vício.

O primeiro achocolatado sabor uva!


Que porra é essa aqui?

É a quentinha do senhor aí, pô. Estrogonofe de carne.

Eu vou te dar 15 minutos pra você trocar essa porra dessa quentinha aqui.

Tá bom. Pode me dar então duas horas e 37 minutos?

Por quê?

Porque eu seu pra quem eu entreguei o estrogonofe de frango.

- Tira esse otário daqui. - Vambora, vambora!

Saudade do gordinho, isso sim.

Tá maluco?

Tá maluco, não, pô vim aqui dar boa tarde. Boa tarde.

- Quem tá aí? - É o idiota.

Idiota, não, é o entregador de quentinha que veio mais cedo aqui.

Tá, fala logo o que você quer.

- Vocês comeram a quentinha? - Claro que não, né, você mandou um açaí esquisito.

A senhora sabe que dá cadeia abrir a quentinha dos outros, né?

- Isso é para correspondência, imbecil. - Imbecil não. Tu me respeita que eu sou um ser vivo.

- Eu errei e vim aqui trocar o erro. - Ah, mas vem cá, que é que pede açaí em pó delivery?

- É droga. - Ahn?

É a droga do garrancho lá do Agnaldo, que escreve tudo errado, aí eu erro sempre...

- ele não sabe escrever em letra de forma. - Tá e por que você não atendeu a gente?

A gente tava te ligando pra trocar.

- Tá rindo de quê? - É que meu celular é só para joguinho.

- Da cobrinha. - Você tá de sacanagem, né?

Sacanagem não. Olha pra minha cara. Eu sou profissional.

Ah, olha o cara da quentinha aí.

Cara da quentinha não, tu fala direito comigo que eu sou o idiota.

Ah, vocês ficam confundindo minha cabeça aí, vocês são maluco, lelé da cuca...

- eu fico todo confuso também. - Olha só...

Tá. Tô olhando aqui, ó. Tô olhando, que eu tenho dois olhos...

O que é isso? Tu tem a cara de pau de entregar a quentinha errada...

e volta aqui como se não tivesse feito nada?

Eu voltei porque tinha um negócio errado, se eu não tivesse voltado,

é porque não tinha nada de errado, se eu votei porque tinha um negócio de errado...

se não ia ficar o negócio errado pra sempre...

- Ei, ei, ou! - Eu não teria voltado...

- Ei. - Ei.

É o que? É mímica, é imagem e ação? Parecem malucos.

- Parou, parou. - Tô parado.

Qual é o teu nome?

- Quê? - Quê?

- Ahn? - Hein?

Michael Jordan.

Olha só, você pega essa quentinha aqui e você enfia no...

Fala onde é pra enfiar.

- Teu rego, tá? - Rego.

Cruz credo, que casal lelé da cuca. Prefiro ser entregador de quentinha do que um casal.

- Vem vermelhinho maluco. - Já vou, já, eu hein! Tô indo.

Olha ele de novo, aí chefe.

Duas horas e 47 minutos, né? Que que a gente combinou, Proveta?

- Não lembro, não. - Duas horas e 37 minutos!

É, mas o senhor também releva 15 minutinhos aí...

que é padrão de qualquer entregador de quentinha demorar 15 minutos.

Quantas vezes já te mandaram calar a boca hoje?

Duas vezes...

Cala a boca! E a quentinha, deixa eu ver. Trouxe a certa agora?

- Claro, né. Eu sou profissional. - Posso até sentir o cheirinho dela já.

- Cheiro de cachorro molhado. - Olha como é que tu fala da minha invenção, rapaz.

Eu não tô falando da tua invenção, não, cara. Tô falando do Proveta aqui.

Contemplem, senhores. A nova geração do vício.

O primeiro achocolatado sabor uva!