- Qual é, moleque... - Qual é.
- Qual é, Renatinho. - Qual é. Tem comida aí?
- Tô cheio de fome, parceiro. - Tem, tem.
- E aí, Paty, tudo bom? - E aí, beleza?
Caraca, que espinha é essa aí?
Yuri, rapidinho, a minha mão tá limpa eu vou fazer com cuidado.
- Para, cara. - Por favor!
Yuri, deixa logo, cara, que eu quero ver o filme.
Deixa ela tirar logo senão vou acabar tirando para você, cara.
Não, eu não fico futucando espinha, não.
Depois inflama, fica enorme. Ou você passa um remédio ou deixa sumir.
- Não tem essa de futucar, não. - Confia em mim. Confia em mim.
A gente é amigo ou a gente não é? Minha mão tá limpa, tá higienizada, passei álcool...
- Rapidinho, respira, só respira. - Olha o filme ali, cara.
- Tem refri aí? - Pega ali, pô.
- Pega tu, pô, tu que mora aqui. - Ah, sai do meu pau, tu tá em casa, pô.
- Sai, Paty. - Não vai doer, calma aí.
- Para, cara. - Não vai doer.
Deixa ela tirar, cara, deixa ela espremer a espinha, cara.
Eu não quero. Respeita, beleza?
Respeita.