A História dos Astecas
Salve meus cavaleiros, aqui é o Thiago, sejam muito bem vindos ao Impérios AD. Se você acha que pirâmide é só coisa do Egito, você tá errado.
Essa é uma visão afrocentrista que desmerece
uma das mais emblemáticas construções da história do nosso continente. Até porque as pirâmides da América são muito mais bonitas;
Compara aí só... E se você tá aí tentando
justificar que a do Egito é mais feia e maltratada só porque é 4 mil anos mais velha, desculpa,
isso não é argumento.
Mas comparações bestas a parte, o fato é que os astecas foram sim
uma das civilizações mais avançadas do continente americano
com arquitetura, ciência, matemática e astronomia de um lado e rituais brutalmente violentos de outro
que tornaram os Astecas uma civilização única no mundo.
Mas só uma coisa foi mais rápida do que a ascensão da civilização Asteca;
a sua queda;
porque para um Império surgir outro tem que cair.
Essa é uma história muito legal dando uma origem mítica à civilização
Asteca, até que vem a intrometida da arqueologia e da ciência
partindo nosso coração dizendo que não tem nada desse negócio de 7 tribos saindo
de 7 cavernas, só porque uma profecia disse,
depois de algum caro ter fumado alguma coisa.
Na verdade, o que existia era uma quantidade
quase infinita de tribos na América Central, que começaram a migrar para sul pra fugir
da fome e seca, a partir do século X.
E uma tribo começavam a se destacar sobre outra,
ficando poderosa e influente.
Aliás, como você acha que uma tribo se destacava
sobre outra hein?
Se você pensou isso você está errado.
Mas como todo bom índio americano,
as coisas eram resolvidas assim:
e assim
E assim eles viviam,
e cresciam, dominavam, e se jantavam até que:
Toc Toc,
Os Mexicas!
Esse é o nome raíz deles, e como eu duvido que você tenha percebido,
o nome México é em homenagem aos mexicas,
mas o nome mais legal era esse:
Astecas!
Eram astecas porque moravam aqui,
Aztlán, que pode ou não ter existido. Eles falavam a língua náuatle.
Eles foram os últimos a migrar do norte
e quando chegaram aqui, no Vale do México em 1250, foram recebidos
pelo rei dos Acolhuas:
E a única exigência como todo bom pai,
era que ele fosse um bom marido e cuidasse bem de sua filha,
mas na noite de núpcias...
Os sacerdotes astecas tinham arrancado a pele
da mina fora, dizendo que foi ordem dos deuses!
E aí você imagina o que aconteceu com os astecas, né?
Então de Chapultepec...
Então de Chapultepec, eles migram mais ao sul, em busca do lugar ideal para assentar.
E os astecas continuaram sua jornada
ao sul até que finalmente encontraram a águia num cacto devorando uma serpente, que a ciência
insiste em dizer que é mentira, e esse lugar era o lago do Texcoco, onde eles criaram sua
lendária cidade:
Tenochtitlan,
em homenagem ao seu líder, Tenoch.
A cidade foi fundada em 1325, mas quando Tenoch morreu alguns anos depois, os astecas ficaram
desesperados, porque tinha tribos rivais em volta deles, e só uma coisa deixava índios
mais preocupados do que tribos rivais:
várias tribos rivais.
E no lago Texococo rolava treta pra todo lado.
E só uma coisa acalmava índios nervosos:
casamento!
Então, começou a rolar
casamentos pra todo entre chefes e filhas de outros chefes, porque casamentos naquela
época não era pra isso:
Era pra isso.
Mas de todos os enlaces matrimonias, o mais épico foi deles:
Acamapichtli e a Acolmiztli.
Agora, astecas e culhuacans estariam unidos em florescer a mais bela cidade das américas.
Em 1376, eles começaram a desenvolver a cidade de Tenochtitlán
numa ilha no centro do lago Texcoco.
E aqui a engenharia, arquitetura e matemática asteca brilharam:
pra construir num solo pantanoso que cedia sob as construções,
eles começaram a escorar colunas de madeira
de 10m de cumprimento por 10 cm de diâmetro,
reforçando-os com solo vulcânico.
Pra atravessar o lago de 2m de profundidade
eles desenvolveram um sistema de pontes e elevados com a mesma
paliçada usada nos prédios que aguentava grandes quantidades de peso.
E eles eram cultos também: faziam música, poesia, pintura, esculturas, mas não tinham a roda.
Tinham uns 18 deuses ou muito mais. Viviam da agricultura e eram divididos em
nobreza e pobreza.
Até o final do século XIV, os astecas eram
subordinados aos Tapanecas, que era a tribo mais poderosa da região,
mas com o crescimento incrível dos mexicas
tensões começaram a surgir entre as duas tribos, e no final,
os astecas conseguiram derrotar os Tapanecas com a ajuda do líder Texcoco Nezahualcoyotl
que era guerreiro, arquiteto, poeta e um monte de outras coisas.
Com essa inteligência toda
ele constrói aquedutos de 5 km de cumprimento
que levava água das fontes para o centro da cidade.
E isso fez a cidade asteca se tornar ainda mais impressionante.
Mas Nezahualcoyotl não era asteca, então em 1440 o povo decide escolher
um nativo para reinar no seu lugar, e ele foi escolhido:
Montezuma I.
Com ele e seu sucessor Axayácati, os astecas cresceram ainda mais, dominando ainda mais
territórios e chegando a incrível marca de 15 milhões de habitantes.
Desenvolveram ainda mais o antigo e impressionante calendário
mesoamericano de 365 dias.
E o sucessor deles,
Tizoc, inicia a construção do principal símbolo asteca de todos os tempos:
a Grande Pirâmide de Tenochtitlán.
E assim eles cresciam, conquistavam, invadiam e dominavam até que...
Toc Toc,
Os espanhóis!
Eles chegam na América Central em 1519, liderados
pelo cavaleiro de ouro Hernán Cortez, e encontram tribos nativas aterrorizadas em busca de ajuda.
E o motivo do pânico era justificado:
a civilização mais avançadas da América, era uma das mais
cruéis máquinas de matar da história.
E seu líder, Ahuitzotl, seria um dos maiores
genocidas que esse continente veria.
Na inauguração de seu Grande Templo em 1487, ele teria sacrificado
de 20 a 80 mil prisioneiros durante 4 dias apenas, e sem parar, no topo da pirâmide
enquanto o sangue escorria como um rio e seus membros eram cortados e lançados escadaria
abaixo para serem comidos pelo povo.
Mas a brutalidade asteca já era uma velha
conhecida das tribos vizinhas:
por 200 anos elas eram devastadas pelas invasões astecas
em busca de pessoas para seus rituais.
O mais clássico e terrível deles, eram os sacrifícios
onde prisioneiros eram segurados pelas pernas e braços sobre um altar no topo da pirâmide,
e tinham seus corações arrancados enquanto ainda batia no peito da vítima.
Depois o coração era colocado na mão de uma estátua divina, e os membros lançados escada abaixo
para serem consumidos.
O dono do prisioneiro ficava com a parte considerada a melhor:
as entranhas do morto.
Outro festival conhecido como “Esfolamento dos Homens”,
era feito em honra ao deus Xipe Topec.
O ritual começava com o típico
arrancar de corações de centenas de prisioneiros.
No dia seguinte, prisioneiros eram amarrados
em uma pedra, e ganhavam porretes para se defender contra jaguares e outras feras que
eram soltas perto da vítima.
Como você já deve imaginar, não adiantava muita coisa
e os prisioneiros eram despedaçados pela fera.
Então o sacerdote abria o prisioneiro
no meio e entregava para participantes comerem as entranhas.
Em outro ritual, agora para a deusa Xilonen, várias mulheres dançavam em volta de uma
principal, que seria decaptada enquanto ainda dançava,
depois teria seu coração arrancado
e queimado, sendo escalpelada em seguida.
Crianças também eram sacrificadas em honra
ao deus Tlatoc...
E não, eu não vou entrar em mais detalhes sobre isso aqui.
Na média, 20 mil pessoas teriam sido sacrificadas por ano
no Império Asteca, chegando a um número
total de quase 2 milhões de pessoas mortas, causando um impacto demográfico gigantesco
e a extinção de centenas de tribos nativo-americanas.
Só que para os espanhóis que chegaram à
capital asteca e viam esse terror, só tinha uma coisa a fazer:
E Guerra era a única resposta do Império Espanhol para os astecas: durante 6 anos de conflito, os espanhóis e os seus aliados nativos
destruíram o Império Asteca.
Só que por mais fortes que os espanhóis fossem,
era simplesmente impossível dizimar todos os nativos
com uma espada e arma na mão .
Nos últimos 20 anos cada vez mais estudos científicos
mostram que o que varreu a população nativa americana
não foram os “exterminadores europeus"
Segundo segundo o historiador McInerney:
e essa arma, advinha só,
era a doença.
E a doença tinha um nome: Varíola.
Seria impossível exterminar uma população de mais de 20 milhões de habitantes
em tão pouco tempo, só na base tiro.
E mesmo com a sua extinção, os astecas continuam
impressionando o mundo com seus avanços científicos e sua brutalidade incomparáveis para a época,
Muito obrigado por assistir, um grande abraço,
se cuida,
e adeus!