Liberdade de imprensa nos países lusófonos
[Liberdade de imprensa nos países lusófonos].
Celebra-se, este domingo, o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
Em tempos de pandemia de Covid-19 são ainda maiores os desafios que enfrentam os órgãos de comunicação, por todo o mundo.
Numa mensagem, para marcar este dia, o Secretário-geral das Nações Unidas pede que seja garantido aos jornalistas a possibilidade de fazerem o seu trabalho.
António Guterres diz que os meios de comunicação dão o "antídoto", ao verificar a informação, contra as notícias falsas e as teorias da conspiração.
Portugal, que tem sido citado pelo mundo pela forma como tem gerido a crise criada pelo novo coronavírus, é também um dos que, de acordo com os Repórteres Sem Fronteiras, mais respeita a liberdade de imprensa.
No ranking mundial para 2020, publicado há poucos dias, e entre os 180 países analisados o país subiu duas posições.
Cabo Verde é o segundo apesar da crise pela qual os meios de comunicação, os privados sobretudo, estão a passar devido à pandemia.
[Há mesmo quem questione se a liberdade de imprensa não acabará por ser posta em causa].
Angola, e apesar das mudanças vividas nos últimos anos, mesmo em termos de liberdade de imprensa, só é ultrapassada pelo Brasil.
São aliás os dois países pior classificados, no ranking, entre os da Lusofonia.
Numa mensagem, para assinalar a data, o ministro angolano para Comunicações Social (e Tecnologias de Informação), Manuel Homem, escreve que o governo reconhece a importância do papel da comunicação social " na defesa e preservação do Estado Democrático e de Direito " e que está "firmemente empenhado na promoção de um ambiente político favorável (...) à elevação indispensável da liberdade de expressão e informação (...)" .
No país, como em muitos outros, os órgãos de comunicação, em particular os privados, estão a passar por problemas graves. Uma parte deles, e sem receitas de publicidade, está fora de circulação.
No Brasil, depois de várias crises políticas e no meio de uma crise pandémica sem precedentes, os órgãos de comunicação social são postos em causa. Sobre a pandemia, o presidente brasileiro chegou a acusá-los de espalharem o medo.
A Guiné-Bissau e as sucessivas crises políticas ... (é um país onde) a liberdade de imprensa, (está também ameaçada). Os Repórteres Sem Fronteiras colocam-no na 94ª posição. No ano passado ocupava a 89ª.
O Misa-Moçambique, Instituto para a Comunicação Social da África Austral, publicou este domingo um relatório onde denuncia a existência de um cerco à liberdade de informar, e a perseguições a jornalistas em Cabo Delgado.
No relatório dos Repórteres sem Fronteiras o país tinha caído da 103ª posição para 104ª.
[Timor-Leste tinha subido seis lugares, no referido índice, para a 78º. Não há dados sobre São Tomé e Príncipe].