CONSULTA MÉDICA ONLINE | EMBRULHA PRA VIAGEM
Oi, turma.
Tudo bem com vocês?
Por quê eu insisto nessa pergunta idiota,
se tá tudo bem, né?
Eu às vezes falo coisas sem sentido, eu sou meio fora da casinha.
Quer dizer, fora da casinha não, porque se tem uma coisa
que eu não vou pra fora mais há anos é pra fora da casinha.
Tô só aqui. Mas enfim.
Hoje a nossa reflexão vai ser sobre consultas médicas online,
uma coisa controversa e complicada.
Pra mim já foi complicado desde o ano passado,
que eu me lembro que o início do ano quando não existia pandemia ainda,
a Eleonora falou para mim,
"Olha Eugênio, vai fazer um checkup geral
porque já faz mais de um ano que você não faz, vai te complicar."
E eu falei, "Claro, amor. Vou marcar pra julho que eu faço mais sossegado."
Me danei.
O resumo é estou há quase dois anos sem nenhum tipo de exame,
apoio médico, dentista, oftalmologista, dermatologista e etc.
Hoje sou praticamente um corpo sedentário com coceiras,
perebas, muito tártaro nos dentes, não consigo mais ler um livro,
porque o grau do meu óculos deve ter aumentado uns três pontos,
mas eu não tenho como fazer os exames.
Ou seja, um caos.
Outro dia o perrengue foi com o meu filho menor
que estava com muita dor de garganta
e teve que fazer uma consulta online com o médico.
A Eleonora muito nervosa falava com o médico,
mas travava tudo no computador.
Ele queria passar um remédio que também travava e a gente não entendia,
e ela gritava e aí ele pediu pra tirar fotos da garganta do menino
e mandar pelo WhatsApp,
mas as fotos parece que ficaram meio fora de foco, eu fiquei desesperado,
porque agora tá o menino com dor de garganta em casa
a gente tem que ser fotógrafo de garganta.
E deu tudo bem errado, mas foi.
Mas hoje em dia não adianta, né? Tem que ser online.
Você imagina eu resolvo marcar uma consulta com médico,
e o corona tá lá no sofá da recepção dele me esperando?
Não vou me perdoar nunca. Dá medo, né?
A gente fica com o fiofó na mão.
Por falar nessa temática do fiofó,
é outra coisa que deu problema aqui em casa,
porque outro dia a Eleonora queria que eu fosse fazer uma consulta online
com o urologista para acompanhar o tamanho da próstata.
Eu briguei, disse que não ia,
por que o que ele ia fazer numa consulta online comigo?
Como é que ele faz o exame da próstata?
Ele ia mandar eu ver eu enfiar o dedo no meu próprio orifício?
E ele ia falar o quê? "Vai mais para dentro, agora mais pra direita.
Afofa faz a pontinha."
Eu não aceitei isso e foi terrível.
A Eleonora se prontificou a me ajudar ela a mesma fazer o exame,
o que eu também não aceitei,
porque vai que eu pego a Eleonora num dia de ovo virado comigo,
e ela faz um exame pouco forçado? Aí eu tiro sai pela culatra, né?
É quase que literalmente isso.
Então não fiz.
Afinal como diz o ditado, quem tem orifício tem medo.
E eu tenho.