Produção de Energia com Bagaço de Cana
Fonte: Maria Fernanda Marucci – Ribeirão Online
O Brasil vai dobrar nos próximos dez anos a capacidade de seu parque gerador de energia elétrica a partir do bagaço de cana-de-açúcar. A informação consta do Plano Decenal de Expansão de Energia da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O país conta atualmente com 4.496 MW instalados, potência que chegará a 9.163 MW no final desta década.
Além de representar renda a mais para as usinas que produzem açúcar e álcool, a expansão da geração de eletricidade a partir do bagaço de cana está atraindo empresas interessadas em consumir energia limpa e, assim, conquistar o selo verde. O consumo de bagaço para gerar energia contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa, comuns em termelétricas que usam combustíveis fósseis.
Atenta a essa tendência do mercado, a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) vem investindo na produção de eletricidade mediante o uso de biomassa. A empresa anunciou que o bagaço de cana representará 400 MW de um parque de 1.505 MW de energia renovável que será consolidado nos próximos dois anos.
Além de bagaço de cana, o cômputo da CPFL inclui a geração a partir de ventos e de pequenas centrais hidrelétricas. “Nosso plano para biomassa é agressivo. Planejamos ultrapassar mais de mil MW de capacidade instalada. O foco da CPFL é a geração de energia de maneira sustentável”, afirma Alessandro Gregori, diretor de Novos Negócios da CPFL Renováveis.
A CPFL já colocou em operação três unidades geradoras de energia a partir do bagaço de cana: UTE Bio Baldin (45 MW), UTE Bio Formosa (40 MW) e a UTE Bio Buriti (50 MW).
Está prevista para entrar em funcionamento até o final deste ano a Bio Ipê (25 MW). No próximo ano, a usina da Pedra, de Serrana, vai participar com 70 MW no portfólio de energia produzida com biomassa da CPFL. Em 2013, será a vez das usinas Coopcana e Alvorada, com 50 MW cada.